Você
vem para mim como se fosse uma onda que insiste em quebrar nos meus pés. É
impossível que você passe na minha frente sem ficar em mim. Todas as vezes que
eu penso que a sua face caiu no meu esquecimento, você ressurge das cinzas como
uma fênix. É como se você fosse imortal, mas só dentro de mim, só no meu
íntimo. E tudo que eu faço na vida, é tentando te mostrar que eu sou quem pode
te fazer muito feliz. Mas tudo que eu recebo em troca vem como uma forma
inconsciente que você tem de me evitar. Isso sempre me entristece e me faz
muito mal, daí eu embarco na minha mais difícil batalha diária: tentar te
esquecer.
Não sei por que sou boba e me prendo à um sentimento que
nunca foi e talvez nunca será correspondido. Não sei por que sou assim, romântica.
Não sei o porquê de tanta coisa! Na verdade, eu queria não acreditar que
"pode ser que sim" ao invés de acreditar que "com certeza
não". Isso seria muito mais fácil, já que essa minha forma de imaginar
coisas, sentimentos, diálogos e pessoas só me torna mais infantil, a cada
palavra que eu falo, penso ou escrevo.
Sabe, às vezes eu penso em mudar, virar uma pessoa má, que
não ame de verdade ninguém, pra ver se eu consigo ser feliz. Mas quer saber?
Não dá! Eu acho que as pessoas amargas são as mais infelizes. Não amar pode ser
pior. Fingir não amar sem dúvidas dói mais ainda.
E
sempre que eu consigo passar uma semana sem direcionar minha atenção à você,
vem alguém e pronuncia seu nome ou mostra alguma foto que me faz lembrar o
quanto é maravilhosa a sensação de ganhar um beijo seu, mesmo que seja aquele
simples beijo no rosto, ou então aquele lindo sorriso que você abre quando diz
o mais singelo "Oi!". Eu sei que você não faz por mal, sei que é o
seu jeito e não age de caso pensado. Mas poxa, se eu te amo, a culpa é sua! (E
isso não é mais um clichê, é a minha mais triste e pura realidade).