A vida é uma escola, de verdade! Quando nós somos crianças, brincamos de boneca, de carrinho e de pique-esconde. A maior felicidade é poder brincar cada vez mais, sem ter preocupação nenhuma... Tudo acontece sem precisar dar nada em troca, a não ser boas risadas com nossos amiguinhos. Mas, quando crescemos um pouquinho mais, vem aquela história de "primeiro amor". Dizem que é uma coisa linda, um pega na mão do outro e sorri, sentam no banquinho da praça, ou na calçada de casa e ficam juntos, somente sorrindo de mãos dadas e conversando coisas de criança...Ora, eu nunca tive isso! Então quer dizer que eu não tive um primeiro amor? CLARO QUE NÃO! Eu tive sim, mas ele nunca foi correspondido...
Bom, depois disso vem a adolescência, a fase das descobertas! Nossa, deveria ser a melhor época da vida de uma pessoa. Mas, então eu não sou uma pessoa normal? Ora, a minha adolescência não foi tão cheia de aventuras... Acho que nessa parte da vida, a minha maior emoção deve ter sido o primeiro beijo, e nem foi lá como eu queria, porque não foi com o garoto que eu sonhava. Mas, uma coisa eu tive com abundância: amores juvenis... Sabe aquelas historinhas da menina, que se apaixona perdidamente pelo menino mais desejado da escola? Eu tive isso...No entanto, eu ainda tinha dentro de mim, aquele amor não correspondido da infância.
O engraçado é que quando você chega aos dezoito anos, percebe que tudo que passou foi aprendizado, foi vivência e agora você tem suas próprias responsabilidades e precisa responder pelos seus próprios atos. Ninguém vai poder te impedir de fazer o que seu coração manda. E é aí que vem o inesperado: algumas vezes, se agir com o coração, seu corpo e sua cabeça podem padecer. Por outro lado, esse é o momento em que você resolve soltar as suas feras e mostrar pra todo mundo que você cresceu. É quando a sua verdadeira personalidade surge. Foi nessa época que eu aprendi que muita gente não estava nem aí pra mim. Eu era a única pessoa que poderia me dar valor por tudo que eu fizesse, pensasse e tivesse.
Hoje eu nem estou tão longe dos dezoito, na verdade estou bem perto ainda... Acabei de passar por essa idade... Há muito em mim que faz com que eu me pergunte: e agora, o que virá? E também há outra parte que diz: é, quanta coisa vivida, hein?
A verdade é que depois das emoções da infância, das intempéries da adolescência e da passagem para a maior idade, o que eu quero é ter a certeza de que essa força que nos move e essa curiosidade aguçada pelo que vem depois só cresçam mais... Para que eu possa sempre ter muitas perguntas e grandes respostas sobre o verdadeiro sentido da vida. Quero ter cada vez mais sede de conhecimento e a cabeça nas nuvens para cultivar aqui por dentro coisas como por exemplo, aquele amor de infância não superado... E ter sempre a esperança de que um dia eu vou superar todas as dificuldades que surgirem. Por isso eu gosto dos desafios. Eles precisam ser superados e assim aprenderemos cada vez mais. É muito bom ter convicção de tudo, principalmente de que um novo dia sempre vai raiar trazendo a purificação de todos os males.
Quero viver a sensação de estar bem velhinha e ainda não ter as respostas que eu preciso para cessar a minha curiosidade infinita. Afinal, ser curiosa é o que me move.
11 de julho de 2011 às 21:20
A curiosidade é o que nos move. Sim, sempre e avante!
Gostei do texto, me reconheci ali em vários momentos. Continua postando mais, beijos